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Por Hevelem Matos

Em uma entrevista exclusiva, o ex Deputado Federal Bebeto Galvão fez um balanço sobre as principais ações do seu mandato que começou em 2014 e se encerrou no dia 31 de janeiro de 2019 e também sobre seu futuro na politica baiana.

Com um mandato conduzido por três linhas ideológicas; a luta pelos interesses do Brasil, da Bahia e Regional, ele garante que cumpriu a sua missão institucional e falou sobre as principais questões da política baiana que giram em torno de seu nome, ele releva os motivos pelo qual abriu mão de uma reeleição para assumir um posto na chapa majoritária.

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Eu vou começar pedindo ao senhor que fizesse uma avaliação destes 4 anos de mandato como deputado federal em Brasília, representando a Bahia.

Eu quando fui eleito deputado federal em 2014 apresentei a nossa região, linhas do que seria a minha atuação e assim o fiz, objetivamente, entre essas linhas estava a defesa dos interesses nacionais e talvez tenha sido eu, um dos deputados da Bahia, que mais atuou em temas nacionais como a economia e vinculando a economia com a questão da petrobras e sua importância para o desenvolvimento nacional, o sistema elétrico brasileiro, considerando que ele tem um papel relevante inclusive para a industrialização do Norte, Nordeste e a privatização da Eletrobras significaria uma penalização a alguns Estados do nordeste e o próprio país, sobretudo que a suas subsidiárias como é o caso da própria Chesf que oferece energia elétrica para a industria baiana e a geração de oportunidades para o desenvolvimento industrial é fundamental, eu trabalhei duramente nesse processo de expansão, considerando inclusive que nós deveríamos ter na energia renovável a possibilidade de a Bahia receber importantes investimentos, como recebeu e tem recebido em função dos leilões de reservas energéticas que propiciou que nós tenhamos aqui o maior parque fotovoltaico (...)

Trabalhei uma agenda de interesses do povo brasileiro contrário a reforma trabalhista, porque ela era de forma avassaladora contra os interesses dos mais pobres, debati o pacto federativo considerando que os municípios vivem um processo de penúria sem recursos tributários que possam garantir a sua autonomia.

Outra linha que trabalhei e disso isso muito claramente por ocasião da assunção do meu mandato, seria a defesa dos interesses da Bahia e eu aí não tenho duvida que no que tange aos interesses da Bahia, eu vocalizei de modo efetivo essa defesa. Por exemplo, a BR 116 agora no termino do mandato, no debate da comissão orçamentária, eu fui contra a posição do COI ( Comitê de Obras Inacabadas ) de orientar a paralização de cinco lotes importantes da duplicação da BR. Fui ao ministro do TCM, no plenário, exigir que se liberasse os recursos da BR415 da rodovia Ilhéus - Itabuna que é fundamental para nós (...)

Trabalhei para o novo modelo de concessão da nossa ferrovia Oeste- Leste ( FIOL) que é u intermodal importante que incorporará ao Porto Sul da cidade de Ilhéus,portanto permitindo uma expansão da logística e da Integração entre diversos Estados do nosso país. 

Defendi a industria naval como ninguém, nacionalmente, considerando que a Industria Naval da Bahia não é uma conquista de nenhum grupo , de nenhuma empresa, de nenhum sócios, por isso mesmo que aí atuei para defender os interesses da Bahia. 

Na educação, com emendas coletivas para as universidades, inclusive a Universidade do Sul da Bahia sempre mereceu meu apoio. 

Para os municípios, eu tive o cuidado de assistir os prefeitos, mesmo aqueles que não votaram no deputado Bebeto, mas por eu entender que como deputado da região, deveria eu contribuir decididamente para os municípios independente de relação politica. Fiz assim em Canavieiras, por exemplo, podem até dizer ou alguém tentar vender como pai ou mãe mas quem defendeu a permanência da Caixa Econômica foi esse deputado (...) 

Você atualmente é suplente de senador, abriu mão de uma possível reeleição, essa você continua avaliando como uma decisão acertada? 

Quem faz politica e eu faço a mais de 30 anos desde muito jovem, nós chegamos a um determinado momento que devemos entender que nós não somos donos da nossa própria vontade, eu não sou um personalista, um carreirista, eu sou um homem cuja atuação politica tem como natureza a decisão coletiva e sendo uma decisão coletiva e não absolutamente individualizada, eu no processo de composição da chapa majoritária do Governador Rui em que a senadora Lidice tinha o direito natural da sua recondução e por circunstâncias politicas da nossa coalizão ser muito ampla, o governador optou por uma indicação do nome do PSD para a composição da chapa majoritária e nós tivemos que debater muito entre nós, porque o dialogo é a parte fundamental da construção de um consenso progressivo e, sendo eu, um soldado da luta democrática, mesmo tendo a possibilidade de uma reeleição pelo trabalho que fiz e sei do que fiz, que eu teria e não tenho dúvidas de que eu passaria a barreira dos 100 mil votos, como soldado da luta democrática, fui chamado a ajudar na composição da chapa majoritária, meu partido refletiu e eu para evitar, que nós tivéssemos um dissenso interno, me coloquei a disposição. Tenho a clareza de que ajudei, está claro para a Bahia, para a nossa região e para o Brasil que eu não sou um carreirista, sou alguém que trabalha para ajudar na soluções de projetos que sirva aos interesses do nosso povo, por isso estou tranquilo, não tenho nenhum tipo de reserva em relação a decisão política adotada. Tenho clareza que o futuro é maior que uma eleição e, nestas condições estou tranquilo e a disposição da luta em defesa da região e da Bahia, em qualquer que seja a disposição que o meu partido definir.

Você vai assumir alguma secretaria no Governo do Estado? 

Eu sou uma pessoa que fico com tranquilidade, para qualquer decisão, óbvio que uma coalizão ampla como a nossa, o governador tendo sido eleito, com mais de 75% dos votos, eu tenho clareza que os votos não foram só do governador, é da coalizão. é o voto da soma da força politica, no momento em que a politica estava em crise (...) aqui na Bahia, nós ganhamos a eleição, como parte de uma vitória politica, não foi vitória de técnicos, não foi vitória de iluminados, foi vitória do povo que se somou, na conjunção de forças politicas para dar a vitória ao governador Rui Costa e o nosso partido ajudou decididamente. Ele fez o exercício posterior a vitória, que foi uma reforma administrativa para dar maior racionalidade a sua gestão, considerando, o quadro politico nacional e os aspectos econômicos, depois embrenhou-se na tarefa de construir o debate, sobre a formação da equipe de governo, e na formação da equipe de governo, obviamente, que o PSB está a disposição. No PSB ninguém pode dizer assim: "você vai!" Você vai para uma área onde você possa contribuir, eu não sou uma pessoa que estou afim de um emprego para viver. Eu sou uma pessoa que estou a disposição do meu partido para contribuir onde for melhor, mas, onde eu estiver, saiba que sempre estarei a disposição para ajudar como fiz ao longo da minha vida.