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Por Hevelem Matos/ STUDIO FM

Lançado no último dia 21 de fevereiro, o média-metragem “CONTOS TULPA: A Ilha” é uma produção independente dos Braig Brothers, uma produtora de cinema dos irmãos brasileiros - alemães Tales Braig (23) e Aiky Braig (20) e conta a história de um jovem que acorda sem memórias e tem apenas informações sobre tarefas diárias a serem cumpridas, no entanto ele logo descobre que não está sozinho na ilha. 

O filme foi totalmente gravado em Canavieiras, sul da Bahia, tem quase 2 mil visualizações no YouTube e já foi assistido em países como Alemanha e Japão, possui legendas disponíveis nos idiomas inglês, alemão, russo, italiano e japonês e mandarim.  

A reportagem da STUDIO FM conversou com os irmãos Braig para saber mais sobre a mais recente produção da dupla.

Eu começo já perguntando a vocês o que é TULPA e qual o significado desse nome escolhido para o filme ?

Tales: TULPA é um conceito que não é tão conhecido e então é exatamente muito bom falar sobre isso, a ideia é basicamente tirada da mitologia tibetana budista e é quando você se concentra muito é imagina algo, você pode criar aquilo fisicamente e essa é basicamente a ideia mais simples, vamos dizer assim, então basicamente na história tem esses seres que começam a existir por que tem uma pessoa que imagina eles e acaba criando eles só com a força do pensamento.

Bom, estou aqui conversando com o Tales e o Aiky, vocês dois produziram tudo, fizeram tudo, Como foi esse processo de construção do filme ?

AIKY: Então , praticamente toda a equipe foi eu e meu irmão, minha mãe e as vezes o meu pai ajudava a segurar o microfone nas cenas de diálogo, então foi praticamente uma equipe de família e tivemos muitas dificuldades mas eu acho que valeu a pena, as limitações existiram mas usamos ao máximo para contar a melhor história que podíamos e eu acho que saiu um resultado muito bom.

E essa história tem uma relação com o combate mesmo as inseguranças, aos medos internos, aos problemas internos… era essa realmente a intenção? Mostrar esse mundo interno? 

TALES: Sim, exatamente. Uma coisa que a gente sempre fala é que é muito importante você ter num filme por um lado aquele aspecto que é de entretenimento que a pessoa gosta de assistir por que tem cinematografia interessante , a história é uma coisa de suspense que você tá lá preso e quer saber o que acontece mais ao mesmo tempo quando você já está com a atenção da pessoa você pode usar a chance para transmitir uma mensagem que talvez possa inspirar alguém que esteja assistindo, de conseguir refletir sobre os próprios medos e o ver o que realmente quer da vida e sobre quantas vezes a gente se autocensura porque acha que não pode (…) até mesmo nesse aspecto de ser artista, por exemplo. 

Falando da parte técnica da gravação, eu vi muitas cenas de Canavieiras, a gente reconhece muitas paisagens da cidade. O filme foi gravado somente aqui ou vocês mesclaram com outro lugar ? 

AIKY: Tudo foi gravado em Canavieiras , aqui na região do rio pardo, o que nós fizemos na técnica foi para transformar a ambientação. Canavieiras é um ambiente que parece um paraíso , o que eu fiz na técnica, no tratamento da cor foi de retirar os tons de verde porque assim deu a sensação de que tá vindo sempre uma tempestade , existe algo sombrio e isso foi o maior desafio de transformar Canavieiras em um lugar meio misterioso, com uma sensação de suspense.

Confira o trailer do filme aqui