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Maior produtor de fogos de artifício do Nordeste é proibido de fabricar; acidente em indústria da família matou 64 pessoas na Bahia

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Considerado o maior produtor de fogos de artifício do Nordeste, o empresário Gilson Froes Prazeres Bastos virou alvo de uma liminar que o proíbe de produzir, distribuir e vender ilegalmente os produtos.

Aceito pela justiça da Bahia, o pedido de urgência foi feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que acredita que Gilson vinha escondendo a real operação de um grupo econômico criado para produzir e vender ilegalmente os produtos.

Gilson controla indiretamente as empresas Fogos Boa Vista, Fogos Import e Fogos São João, nas quais foram identificadas irregularidades no transporte e armazenamento de material explosivo sem cumprimento de normas de segurança e sem autorização necessária do Exército.


O empresário foi alvo de duas operações recentes que flagraram a produção ilegal de fogos em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo da Bahia. Em dezembro de 2023, ele chegou a ser preso em flagrante durante uma fiscalização na região. Este ano, uma nova inspeção identificou confecção ilegal em uma chácara de sua propriedade.


Além de Gilson, também é processada Railda Andrade Guedes Froes.

Na liminar concedida pela juíza Adriana Manta, da 24ª Vara do Trabalho de Salvador, ainda se estabelece multa de R$200 mil por cada item da sentença que for descumprido. O órgão também solicitou a condenação do réu ao pagamento de R$ 20 milhões em danos morais. A assessoria jurídica do réu disse que nem ele e nem o escritório advocatício foram notificados da decisão.


Maior acidente de trabalho da história da Bahia


Gilson é filho do dono da fábrica "Vardo dos Fogos", palco do maior acidente de trabalho da história da Bahia, ocorrido em 1998, quando 64 pessoas foram mortas. Mulheres e crianças foram as maiores vítimas da explosão na indústria. De acordo com as investigações da época, no momento da explosão, havia 1,5 tonelada de pólvora no local.

Em 2020, o Brasil foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos pelas mortes. No ano passado, a tragédia completou 25 anos e familiares de vítimas fizeram um protesto no Centro Administrativo da Bahia (CAB) para exigir o cumprimento da sentença de pagamento das indenizações.




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